Última actualização: 23.05.2011
Apesar da estatística ser favorável ao CD Mafra, havia uma grande expectativa em torno deste jogo pois os últimos resultados obtidos pelo CF Sassoeiros, faziam antever um jogo equilibrado. Jogando em casa diante do seu público, motivado pelos bons resultados e pela perspectiva de se qualificar para a final, o CD Mafra esperava um CF Sassoeiros muito difícil de bater. É certo que na última vez que se haviam defrontado, em Mafra, a nossa equipa impôs uma pesada derrota ao CF Sassoeiros (37-21) mas, aquando da última deslocação a Sassoeiros, no Torneio de Abertura, o CD Mafra havia sentido muitas dificuldades para vencer a partida (25-23).
Após meia hora de espera pelos árbitros oficiais, sem sucesso, o jogo acabou por iniciar-se com um voluntário de cada equipa: Carlos Silva (CF Sassoeiros) e Vasco Pereira (CD Mafra) acabaram por arbitrar toda a 1ª parte, tendo-o o feito com grande qualidade, rigor e isenção, mostrando-se imunes à “pressão” exercida por técnicos, jogadores (e até dos adeptos) que este tipo de situações acaba por suscitar.
Fruto de um andebol de melhor qualidade, sobretudo no aspecto defensivo, o CD Mafra foi ganhando vantagem, chegando ao intervalo a vencer por uma diferença de 7 golos (16-9). Na 2ª parte mudaram os árbitros mas, não mudou a tendência do jogo e o CD Mafra foi ampliando a vantagem que chegou a ser de 10 golos. Com o jogo controlado, o técnico do CD Mafra aproveitou então para rodar toda a equipa e a vantagem final ficou pelos 8 golos (30-22), um resultado justo face aquilo que ambas as equipas demonstraram durante a partida.
Como vem sendo habitual, o CD Mafra colmatou a falta de jogadores juniores fazendo alinhar 4 juvenis que, uma vez mais, deram boa conta do recado. O João Fiúza jogou com grandes limitações físicas mas rubricou um excelente jogo. O Nuno Aniceto esteve implacável na defesa, o André Carioca teve mais espaço do que o habitual na posição de pivot daí a sua maior concretização (6 golos), enquanto o Miguel Gomes espalhou a sua “magia” pelo pavilhão. Nota de destaque para as boas exibições dos guarda-redes do CD Mafra. No CF Sassoeiros o destaque vai para os “suspeitos” do costume: a técnica e visão de jogo do central Pedro Afonso, a técnica e poder físico do pivot Paulo Silva e os remates certeiros do João Mendes. O guarda-redes juvenil João Santos desta vez esteve um pouco abaixo daquilo a que nos habituou.
O CD Mafra preparou bem este jogo, encarando-o como uma Final. Concentração, motivação, entrega total, entreajuda e… respeito pelo adversário! Conhecendo o excelente ambiente das bancadas do Pavilhão de Sassoeiros e a motivação que o mesmo gera nos seus jogadores, os adeptos do CD Mafra conseguiram superar em numero e em decibéis os adeptos da casa. Foi o melhor ambiente que algumas vez presenciei num jogo de andebol dos escalões de formação: cada claque “puxava” ruidosamente pela sua equipa, num ambiente de confraternização exemplar. Assim, o desporto vale a pena. Parabéns a ambas as claques, em particular aos jogadores Iniciados e Juvenis do CD Mafra que se mobilizaram para este magnifico apoio. Se na bancada o ambiente era de festa, dentro de campo os jogadores batiam-se com brio e empenho mas, com total lealdade e fair-play, contribuindo assim para um excelente jogo de andebol.
Uma palavra de apreço para esta equipa do CF Sassoeiros que apesar de um ou outro reforço, continua a ser a equipa com jogadores que há menos tempo praticam a modalidade, pelo que, estar a bater-se por uma presença na Final é, só por si, um feito notável! Tive oportunidade de ver estes jogadores em 2009, davam ainda os primeiros passos na modalidade e sofriam pesadas derrotas de quase todos os adversários e a sua progressão é de facto extraordinária.
Na outra Meia-Final aconteceu uma surpresa já que o Campeão Regional e principal favorito à conquista da Taça - a AA Amadora - foi eliminada pelo ABV Almoçageme. Para quem tem acompanhado esta equipa de Almoçageme, não terá sido uma surpresa pois têm dado várias provas do seu valor, sendo uma equipa muito difícil de bater, sobretudo no seu próprio pavilhão.
A presença do CD Mafra e do ABV Almoçageme na Final da Taça de Lisboa acaba por ser algo de inédito, uma vez que se trata de duas equipas periféricas, o que certamente não estaria nas previsões dos maiores clubes do Andebol Regional.
Marcadores CDM: 1ª parte - 1 André; 2 Miguel; 3 André; 4 David; 5 André; 6 André; 7 Mota; 8 Miguel; 9 André; 10 Miguel (7m); 11 Miguel; 12 Mota; 13 Jorge, 14 Miguel (7m); 15 Jorge; 16 Fiúza; 2ª parte - 17 Miguel (7m); 18 Bento; 19 Miguel (7m); 20 André; 21 Fiúza; 22 Vasco; 23 Pedro Soares; 24 Mota; 25 Fiúza; 26 Fiúza; 27 Miguel; 28 Miguel; 29 Miguel e 30 Miguel.
Clique na Ficha de Jogo para ver a Ficha Oficial no site da FPA
Transcrevo o texto publicado no blogue do CF Sassoeiros sobre este jogo:
Mafra “vai ao Restelo” e deixa Juniores para trás
Não é todos os dias que se joga uma meia-final. E os Juniores do Sassoeiros na realidade nunca tinham jogado uma, se bem me lembro. Quiçá foi precisamente essa a razão para que eles tenham entrado tão nervosos em campo quando disputaram, em nossa casa, a “ida ao Restelo” (que é como quem diz ir à final da Taça no pavilhão do Boa-Hora) contra a excelente equipa do C. D. Mafra. Sabíamos de antemão que as hipóteses de passarmos à final da Taça de Lisboa, versão Juniores, não eram as melhores. Mas os “putos” já nos surpreenderam umas quantas vezes esta época e, pela excelente atitude demonstrada, nada parecia descabido. Mas a primeira parte do jogo trouxe-nos e aos Juniores rapidamente de volta à realidade.
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